sexta-feira, junho 25, 2010

Em tempos de Copa do Mundo a gente lembra que é brasileiro. A Copa então, deveria acontecer de ano em ano pra todos se lembrarem mais disso. Em 2014 a festa vai ser aqui. Eu devo estar nas principais partidas da seleção brasileira, mas não quero sentir orgulho de meu país apenas na época de Copa do Mundo.

E você, sente orgulho de quê?

domingo, abril 18, 2010

É agora. Finalmente ele chegou. Adoro despedidas, sabia?
Elas marcam a gente profundamente. Deixam saudades, muitas vezes, mas nem sempre deixam.
Hoje, meio monossilábica, sinto que o tempo passou lentamente depressa. A manhã chega todos os dias e faz morrer pouco a pouco a ausência que consumia.

Dias melhores virão, e agora com cautela e exatidão.

sexta-feira, abril 09, 2010

Definitivamente não tenho mais paciência pra atualizar o blog sempre. Creio que não apenas o blog, como muita coisa em minha vida. Ah! tudo está tão chato... preciso de coisas novas (mas de novo?). Sim, novamente, eu preciso de coisas novas. Não sei viver na repetição do dia-a-dia. A mesmice me entedia e consome minha alma, meu corpo, minha mente. Tudo está vazio e completamente cheio, simultaneamente.

A viagem me fez bem. Tranquilizei-me um pouco mais e agora retomo o que ficou esquecido por algum tempo: obrigações do cotidiano. Isso me deixa mais aliviada. Gosto de ocupar a mente com coisas produtivas, elas me trazem êxito, além de proporcionar o acúmulo do saber. Nunca é demais aprender coisas novas.

O alívio das tensões está chegando. Será o fim do tormento emocional? Creio que sim, espero que sim, desejo, profundamente, que sim.

segunda-feira, março 08, 2010

E agora? Que fazer? Sim, acabei conhecendo na real o que me parecia tão falso. Aquilo que eu tanto repudiava agora vem tomar conta de mim, mas resisto, desisto e persisto em manter-me na solidão. Alías, o que preciso agora mesmo é ficar sozinha. As angústias tomam conta de meus pensamentos e me apertam o peito, não quero pensar, não devo lembrar, não posso sentir.

Queria me entregar por vezes, mas está acima de mim. Acima de toda e qualquer forma de amar a qual aprendi. E mesmo que pense que não vou lembrar, ainda assim lembrarei. O desejo de me distanciar é na verdade um escape (um falso escape) do que verdadeiramente sinto.


Preciso aprender a ser só.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Essa semana passei na livraria e de repente folheei um livro de contos do Rubem Fonseca. Sempre gostei da escrita do Rubem e há tempos não lia nada dele. Eis que começo a ler um conto do livro "Ela e outras mulheres", mais que depressa senti que precisava comprar o livro e, de fato, o comprei. Segue então o conto que me fez adquirir o livro, um conto aliás bastante intimista, ao meu ver.


Ela


Na cama não se fala de filosofia.

Peguei na mão dela, coloquei sobre meu coração, disse, meu coração é seu, depois pus sua mão sobre minha cabeça e disse, meus pensamentos são seus, moléculas do meu corpo estão impregnadas com moléculas do seu.

Depois botei a mão dela no meu pau, que estava duro, disse, é seu esse pau. Ela nada disse, me chupou, depois chupei sua boceta, ela veio por cima de mim, fodemos, ela ficou de joelhos, rosto no travesseiro, penetrei por trás, fodemos.

Fiquei deitado e ela de costas pra mim sentou-se sobre meu púbis, enfiou meu pau na boceta. Eu via meu pau entrando e saindo, via o cu rosado dela, que depois lambi. Fodemos, fodemos, fodemos. Gozei como um animal agonizando.

Ela disse, te amo, vamos viver juntos. Perguntei, não está tão bom assim? Cada um no seu canto, nos encontramos para ir ao cinema, passear no Jardim Botânico, comer salada com salmão, ler poesia um para o outro, ver filmes, foder. Acordar todo dia, todo dia, todo dia juntos na mesma cama é mortal.

Ela respondeu que Nietzsche disse que a mesma palavra amor significa duas coisas diferentes para o homem e para a mulher. Para a mulher amor exprime renúncia, dádiva. Já o homem quer possuir a mulher, tomá-la, a fim de se enriquecer e reforçar seu poder de existir.

Respondi que Nietzsche era um maluco. Mas aquela conversa foi o início do fim. Na cama não se fala de filosofia.


Rubem Fonseca, agosto de 2006.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Amor sem escalas





Quando fui ao cinema hoje esperava ver um filme legal, nada mais que essa denominação. Ainda bem que minhas expectativas foram superadas quando de repente começo a me envolver com 'Up in the air' (Amor sem escalas), muito bem dirigido por Reitman (mesmo diretor de Juno), e fico com a leve sensação, ao sair da sala, de que discutir relações é algo bastante complexo, especialmente para a linguagem cinematográfica.

No início a película parece um tanto simplória, com o intuito apenas de fazer rir, mas depois de um determinado momento cresce uma empatia pelos personagens, mais especificamente pelo de Cloney, e começo a olhá-lo de forma diferenciada. Saí um pouco aliviada do cinema e fiquei pensando em como é difícil manter relacionamentos a dois. E logo para mim que sou um poço de tormento sentimental, confusões, angústias, incertezas. De fato esse filme foi um prato cheio para meus devaneios atuais.

Recomendo 'Amor sem escalas', com muita urgência para todos.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Ultimamente tudo me cansa. Amigos, família, amores, meu passado, o presente e até o futuro. A vida sem grandes novidades, dormir, acordar, comer as mesmas coisas e conversar com as mesmas pessoas. Até esse blog me cansa. Estou farta, preciso de férias eternas.

Quero me desvencilhar de tudo que me incomoda, mas seria coisa demais pra deixar pra trás. Talvez precise disso mesmo, jogar tudo fora e recomeçar. Mas dá preguiça, sabe? Dá um comodismo irritante, quero mudar isso. Tomar coragem e dar um basta. Desistir de umas coisas e seguir adiante, atrás de outras. Creio que novas perspectivas que modifiquem de vez meu destino, na verdade preciso mesmo me aventurar. Buscar prazeres diferentes, modos de crer absolutamente mágicos. É preciso sonhar mais, pensar menos e sentir intensamente tudo que acontece.

Julgar. Esse verbo será diminuído do meu vocabulário em 2010, porque eu necessito.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Como amar alguém em 07 dias

Pense que não existe um começo, meio e fim.

Seja criativo.

Busque a diversidade.

Encontre novas possibilidades.

Seja intenso.

Esqueça das obrigações.

Elogie os defeitos.

Destrua o orgulho.

Proporcione prazer.

Abuse do carinho.

Envolva-se.

Encontre um sentido.

Massageie seu ego de forma positiva.

Permita-se.

Ame, ame, infinitamente ame.

Só não pode se arrepender.

Nem sentir saudade, nunca.


quinta-feira, outubro 08, 2009

"Por um mínimo de respeito para com o artista sergipano"

Assim intitula-se a carta de repúdio escrita por Alessandro Santana, artista visual ,que atua na área do audiovisual em Sergipe. Ele, assim como muitos dos produtores artísticos do estado, ficaram indignados (mais uma vez) pelo descaso como foi tratado o artista sergipano no Curta-SE (considerado o maior festival na área de audiovisual no estado). Segue abaixo a carta feita por ele e publicada no jornal Cinform semana passada:

"Sergipanos são os cidadãos brasileiros, nascidos em Sergipe, menor estado da
federação. Faço parte desta classificação. Nasci, cresci, vivo em Sergipe e produzo Arte.
Atualmente, venho observando com uma mórbida atenção alguns sinais de descaso para com o
artista sergipano. O (mal)dito artista sergipano, este que fazem questão de louvar por essas
bandas, é tratado em sua terra com descaso.

O Festival Ibero-americano de cinema de Sergipe, Curta-se, promovido pela casa curta-se, mais uma vez se mostra desrespeitoso para com o realizador sergipano. Desde a sua primeira edição, acompanho o festival. Trabalhei em um dos filmes exibidos no primeiro festival e estou aqui novamente participando da 9ª edição como realizador, e percebi que, desde a publicação das obras selecionadas para esta última edição do festival, coisas estranhas têm acontecido. O curta-se continua mal em sua organização. Longe de ser um festival firme e maduro com seus 9 anos de existência, continua repetindo erros primários de produção. O que podemos esperar de um festival sergipano que não dá o devido respeito ao realizador sergipano? (e com o publico também).

Dito isto, vamos aos casos: Assim que recebi um e-mail pra ir retirar minha credencial na
casa curta-se, lá vem o primeiro erro: meu sobrenome trocado na lista de circulação interna para controle das credenciais. Até aí, tudo bem. Um pedido de desculpas resolve o problema. No primeiro dia da mostra de filmes sergipanos, somente um dos vídeos propostos para a mostra foi exibido, com defeito nos créditos e a mostra de vídeos sergipanos acabou-se aí. Os artistas sergipanos não tiveram seus filmes exibidos, assim como o público que compareceu a fim de apreciar a produção local foram desrespeitados. Na segunda mostra, ocorreu uma coisa que mexeu particularmente com a minha pessoa: senti-me desrespeitado, primeiramente por não ter sido mencionado na abertura da segunda noite, assim como também pela não inclusão do título do meu vídeo na cédula para votação do júri popular. Era como se eu não estivesse ali, ou como se, simplesmente o vídeo não existisse. Sim, eu me senti marginalizado. Não que eu estivesse fazendo questão de ganhar algum prêmio, mas simplesmente pela falta de organização (e consequente respeito) do festival para com o meu trabalho, assim como os dos realizadores que teriam seus trabalhos exibidos na primeira mostra (que só exibiu um dos quatro vídeos programados). Pois bem, vou ser bastante ingênuo ao crer, que pelo tipo de vídeo que eu faço (me dedico inteiramente aos vídeos ditos experimentais), que a produção teria esquecido exatamente da minha obra no momento de digitar a ficha pois não lembraram da estorinha que o meu vídeo contava, ou talvez o título seja muito grande e deu preguiça. Uma outra leitura do fato se resume em uma simples palavra: incompetência. Ah, esse mal que assola esta cidade.

O mesmo vídeo em questão, (Desconforto ou qualquer título que lhe caia melhor;
experimental, 15:18 min) também foi selecionado para outro festival em Sergipe, o “curta na
TV” da fundação Aperipê, onde a fundação, EM CONTRATO, se predispunha a premiar com
100 cópias à cada realizador dos vídeo selecionado. Até hoje espero essas cópias, embora agora sem mais nenhuma esperança, pois pelo que eu tenho ouvido por aí, a Aperipê está contendo despesas (e o caso desses vídeos, suponho que não os interessem mais, a partir do momento em que o realizador sergipano, que deveria por direito ter o seu devido reconhecimento, apoio e respeito pela sua contribuição à cultura local (que não é somente feita de folclore / cultura popular), e sim toda e qualquer manifestação artística produzidas aqui nesta província. Nestes dois casos me sinto me sinto desrespeitado enquanto artista e sergipano que sou, concluindo aqui com algumas perguntas intrigantes: É desta forma que se apóia e valoriza a cultura local? O que finalmente resta para o artista sergipano?"

Alessandro Santana, artista sergipano.

domingo, outubro 04, 2009

"Minha tarde é de carnaval, meu coração é igual"




Ao som de Novos Baianos fiquei pensando nessa frase ontem, que tem definido bem meu estado emocional ultimamente. Minhas batidas por vezes soam como repiques de atabaques e por outras como o som da bossa nova, ai ai como diria o Veloso "ê coração vagabundo"...

Sinto-me literalmente no meio, entre o sagrado e o profano, o bem e o mal, o querer e o não-querer. Entender isso é quase impossível, pois lateja dentro de mim e nem eu compreendo bem o que é. "Deixa acontecer", sempre digo isso. Embora o medo também faça parte de mim, não posso ser tão idiota a ponto de mentir que não existe.

E eu me convenço mais a cada dia que passa: "o medo mora perto das idéias loucas."

Em mim sempre foi assim.
ps: na imagem com meu fotogramado Carlos, num fim de tarde qualquer.