sábado, julho 19, 2008

Frustação, alteridade e os diversos viés antropológicos

É difícil ser diferente. Essa afirmação perturba muita gente, cria todo um processo conceitual do que é certo ou errado nesta vida, nos faz pensar de verdade e isso é bom, ou pelo menos deveria ser. A objeção em aceitar o outro como ele realmente é demonstra o quanto somos egocênctricos e vivemos em nosso mundinho 'lost'. Quanta ignorância meu Deus! Pra quê tudo isso? Não me eximo da prática, até porque sou ser humano também e isso é algo inerente ao Homem.

Se a alteridade fosse algo facilmente compreensível não seria necessário tantos postulados sobre o tema, nem todo esse aparato sócio-antropológico a fim de convencer-nos de que é preciso conviver com as diferenças e bla bla bla. Ah! Morte aos sociólogos e antropólogos e a todos os 'ólogos' existentes. Creio que eles vieram para tornar esse mundo ainda mais caótico e não com o intuito de "compreender as mazelas mundiais existentes e buscar soluções para estas", como afirmam alguns deles. O pior é que tenho passagem, mesmo que sutil, por essa área e simpatizo bastante com seus estudiosos. Então por que criticá-los? Bom, não é bem uma 'crítica' e sim uma intenção vã em tentar compreendê-los e aceitar essa alteridade deles com relação ao mundo, e ainda mais especificamente a mim.

O que me frustra na verdade é que tenho admirados nesta área e agora quero citar mais explicitamente minha cara professora de antropologia, Eufrázia Cristina, que tem me inspirado às mais excitantes idéias relacionadas à vivência neste mundo. Uma mulher intrigante, fabulosa em seu contexto de anormalidade social. À primeira vista pode ser considerada antipática, arrogante, mau humorada, mas por detrás daquela casca criada, a meu ver, para defesa pessoal diante das agruras do mundo real está uma grande mulher (e agora não tenho receio em tecer elogios a uma antropóloga), que defende veementemente o que pensa e sente, sempre muito sincera e realista. Um modelo, por mim, a ser seguido. Talvez com uma maior dose de bom humor e idealismo, mas certamente com a mesma base de visão conceitual sobre a alteridade.